O programa Técnicas em ambiente natural tem quatro áreas de especialização: o ordenamento de recursos florestais, o ordenamento da fauna, o ordenamento e a interpretação do patrimônio natural e a proteção do meio ambiente.
O objetivo deste programa é capacitar pessoas para que sejam aptas a exercer a profissão de tecnólogo em ambiente natural, particularmente nas áreas do ordenamento e da utilização racional dos recursos, bem como do beneficiamento, da interpretação, da informação, da educação, da proteção, da vigilância, da restauração e da conservação em matéria de meio ambiente natural. Aqui, o ambiente natural é definido como o conjunto que inclui os ecossistemas terrestres, aquáticos e úmidos de um território, bem como todos os recursos relacionados à água, ao ar, ao solo, à flora e à fauna.
Opção “A”: ordenamento dos recursos florestais
O tecnólogo em gestão de recursos florestais colabora no beneficiamento dos recursos florestais e realiza vários trabalhos relacionados à gestão, à planificação, à conservação, à pesquisa ou ao uso racional das florestas. É designado para colaborar na elaboração de planos e relatórios de ordenamento, a coordenar e a controlar trabalhos de silvicultura, a planejar a coleta e o transporte, a planejar a construção e a manutenção de infraestruturas, a realizar inventários relativos a meios florestais e ambientais, a supervisionar a produção de planos para o uso de recursos florestais, a participar dos trabalhos de pesquisa em silvicultura, a realizar trabalhos de mapeamento florestal e participar da proteção das florestas.
Este tecnólogo trabalha num contexto relativamente exigente em que aos dados coletados anteriormente sobre a floresta se acrescentam dados sobre a fauna e os ecossistemas, guias sobre as boas práticas e os padrões ambientais de ordenamento florestal, planos de gestão melhorados e planos de múltiplos recursos novamente introduzidos. Além disso, o trabalho é feito em estreita colaboração com os diferentes usuários dos territórios e no respeito das necessidades das comunidades presentes na área.
Opção “B”: ordenamento da fauna
O trabalho do tecnólogo em ordenamento da fauna está relacionado às atividades de exploração e ordenamento dos recursos faunísticos terrestres, aéreos e aquáticos. É designado para elaborar inventários de populações e habitats em diferentes ambientes, colaborar na produção de planos de conservação, ordenamento e beneficiamento da fauna, realizar atividades de ordenamento de habitat e dos recursos faunísticos, monitorar a exploração dos recursos, conceber projetos, participar de trabalhos de pesquisa; gerir projetos e educar os usuários dos territórios.
Em matéria de desenvolvimento sustentável, alcançar os objetivos associados à gestão integrada de um território exige levar em conta a integridade dos ecossistemas, do território, dos recursos e dos diversos usuários do território. No âmbito de seu trabalho, o tecnólogo em ordenamento da fauna deve portanto medir os impactos sobre a fauna, as práticas relacionadas à exploração dos outros recursos do território. Já que os dados não sendo mais estritamente faunísticos, o tecnólogo faz planos de ordenamento dos diferentes recursos (multirecursos).
Caminho C: ordenamento e interpretação do patrimônio natural
Em matéria de ordenamento e interpretação do patrimônio natural, o tecnólogo trabalha na área do ecoturismo, em atividades relacionadas à gestão do patrimônio natural e cultural, bem como ao ordenamento e à animação de atividades relacionadas a esse mesmo patrimônio. Colabora também em trabalhos relacionados à pesquisa, à gestão, à planificação e à conservação do meio natural. Este tecnólogo é designado para efetuar inventários de recursos biológicos, físicos e socioculturais, caracterizar áreas de beneficiamento do patrimônio por meio de atividades de ordenamento e interpretação deste último, produzir materiais e equipamentos de interpretação, promover e animar atividades de interpretação, assegurar o funcionamento do material e do equipamento; gerir projetos de beneficiamento do patrimônio natural e cultural de uma área, desenvolver infraestruturas de ecoturismo e para fazer cumprir os regulamentos em vigor na área.
Em termos de desenvolvimento sustentável, este tecnólogo desempenha um papel de agente de sensibilização capaz de explicar ao público a dualidade entre a acessibilidade a uma área e o respeito pela integridade do território. As atividades de interpretação visam, além da simples conscientização do público sobre essa problemática, suscitar um compromisso pessoal com o valor que representa o desenvolvimento sustentável.
Opção “D”: proteção do meio ambiente
O trabalho do tecnólogo em proteção do meio ambiente está relacionado aos estudos de impacto, à caracterização de áreas, à gestão de resíduos, à descontaminação e à aplicação de medidas de restauração, atenuação e proteção do meio ambiente. Deve demostrar preocupação constante pelas leis e pelos regulamentos ambientais. Em seu trabalho, este tecnólogo em proteção ambiental é designado a caracterizar ambientes naturais ou perturbados para efetuar diagnósticos, propor medidas de atuação, aplicar programas de seguimento, fornecer apoio técnico para a proteção do meio ambiente, se comunicar com várias pessoas envolvidas, garantir a disponibilidade e o funcionamento do material, gerir projetos de inventários e de atuação em meio ambiente, responder a queixas e escrever relatórios.
A análise de uma problemática ambiental em relação ao desenvolvimento sustentável requer a coleta de informações de vários tipos, de amostras de todo tipo e um papel de consultoria com clientes na busca de soluções ou no desenvolvimento de novas tecnologias e o respeito pelos imperativos econômicos e regulatórios. O tecnólogo contribui para a elaboração de planos de desenvolvimento sustentável e de gestão ambiental. Seu conhecimento das leis e dos regulamentos nessa área também lhe permite atuar como um agente de mudança proativo no que diz respeito à questão ambiental.